Em 1883 realizou, na Guarda, os primeiros exames secundários, ingressando no Liceu da Guarda em Outubro desse mesmo ano. Em 1888, entrou na faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, sendo um dos melhores alunos do curso onde, em 1894, se licenciou. Doutorou-se a 9 de Junho com a dissertação A Igreja e a questão social, obra em que ataca violentamente a então recente encíclica Rerum novarum. Em 1896 torna-se professor da Universidade de Coimbra (era o mais novo de todo o corpo catedrático) tornando-se, igualmente, um advogado muito respeitado. Entrou na política cedo - defendendo ideias republicanas – afirmando-se como uma das mais importantes figuras do Partido Republicano. Foi Presidente do Conselho de Ministros, ministro, dirigente do Partido Republicano e do Partido Democrático. Entrou no Parlamento nas eleições de 1900 e também com a proclamação da República em 1910, assumindo a pasta da Justiça do Governo Provisório. Afonso Costa era corajoso e determinado, criou as condições básicas para um estado laico. Mais tarde foi afastado do poder pelo golpe de Sidónio Pais e não voltou para o governo. Em oposição ao Estado Novo, exilou-se em Paris.
quinta-feira, 30 de dezembro de 2010
Personagens da República II - AFONSO COSTA
Em 1883 realizou, na Guarda, os primeiros exames secundários, ingressando no Liceu da Guarda em Outubro desse mesmo ano. Em 1888, entrou na faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, sendo um dos melhores alunos do curso onde, em 1894, se licenciou. Doutorou-se a 9 de Junho com a dissertação A Igreja e a questão social, obra em que ataca violentamente a então recente encíclica Rerum novarum. Em 1896 torna-se professor da Universidade de Coimbra (era o mais novo de todo o corpo catedrático) tornando-se, igualmente, um advogado muito respeitado. Entrou na política cedo - defendendo ideias republicanas – afirmando-se como uma das mais importantes figuras do Partido Republicano. Foi Presidente do Conselho de Ministros, ministro, dirigente do Partido Republicano e do Partido Democrático. Entrou no Parlamento nas eleições de 1900 e também com a proclamação da República em 1910, assumindo a pasta da Justiça do Governo Provisório. Afonso Costa era corajoso e determinado, criou as condições básicas para um estado laico. Mais tarde foi afastado do poder pelo golpe de Sidónio Pais e não voltou para o governo. Em oposição ao Estado Novo, exilou-se em Paris.
quinta-feira, 23 de dezembro de 2010
Personagens da República I - BERNARDINO MACHADO
Em 1860, a família regressa definitivamente a Portugal, fixando residência em Joanes, concelho de Famalicão. O pai virá a ser o 1.º barão daquela localidade. Em 1872, aquando da sua maioridade, opta pela nacionalidade portuguesa.
Em 1882, casa com Elzira Dantas, filha do conselheiro Miguel Dantas Gonçalves Pereira, de quem teve dezoito filhos.
Faleceu em 28 de Abril de 1944.
segunda-feira, 20 de dezembro de 2010
Oa sete pecados da República
1. O vazio ideológico - Não tardou muito para que os próprios limites do modelo político-constitucional em que a República assentara viessem ao cimo, revelando, também, por entre outros matizes, o vazio ideológico de parte dos seus líderes. Entretanto, era cada vez mais notória a frustração com que os partidos conservadores - reduzidos a uma fraca expressão eleitoral - passaram a encarar o golpismo militar como o instrumento mais eficaz para fazer face a um Partido Democrático que, através de uma rede de caciques espalhada por todo o país, controlava, diretamente, grande parte dos atos eleitorais.
2. A alienação do apoio das classes mais baixas - No seu conjunto, as classes mais humildes estavam convencidas de que a implantação da República se traduziria imediatamente numa melhoria da situação económica nacional, o que, a prazo, acabaria por se refletir favoravelmente no seu nível de vida. Entretanto, e uma vez que nenhuma mudança significativa tinha sido introduzida nesse sentido, a impaciência das classes trabalhadoras começou a exteriorizar-se, de tal forma que nos primeiros meses de 1911 já quase todas as corporações operárias de Lisboa tinham organizado greves. O movimento estendeu-se rapidamente a todo o país, contabilizando-se, no final de 1911, um total de 42 greves envolvendo 25.670 grevistas; de resto, a orientação sindicalista revolucionária vinha, também ela, conquistando cada vez mais adeptos entre os trabalhadores.
3. A "questão religiosa" - Sendo certo que a "questão religiosa" surge reiteradamente como um dos problemas estruturantes que mais têm sido apontados para justificar o fracasso da experiência da I República portuguesa, a verdade é que são poucos os elementos que permitem concluir que a Lei de Separação entre as Igrejas e o Estado - promulgada a 20 de abril de 1911 pelo ministro da Justiça, Afonso Costa - teve uma influência direta no afastamento da República, e do seu ideário, em relação às classes rurais e conservadoras, tradicionalmente católicas. É aliás sabido que, apesar de logo na primeira reunião do Conselho de Ministros, realizada a 9 de outubro de 1910, o ministro da Justiça ter feito aprovar um decreto ordenando a expulsão ou a passagem compulsiva de ordens religiosas à vida secular, o ministro do Interior António José de Almeida acabaria por expedir, quase em simultâneo, uma circular aos governadores civis recomendando-lhes que o culto religioso fosse respeitado em todas as igrejas. António José de Almeida procurava corrigir e moderar os ímpetos mais reformistas que a lei refletia, reenquadrando-a e subordinando-a a propósitos mais gerais: o Governo da República respeita a religião de cada cidadão como mero caso de consciência, contra o qual ninguém pode atentar, e só proceder contra o clericalismo e a reação por serem contrários à liberdade humana, à paz e à ordem social.
4. A ausência de uma política económica - O regime republicano não definiu uma política económica e financeira própria. Os objetivos avançados pelos republicanos neste domínio - fomento económico e equilíbrio das contas públicas - eram bastante idênticos aos contemplados no modelo económico da Regeneração, apesar de considerarem premente a revisão da estratégia a prosseguir. Importa, contudo, não esquecer que, apesar das propostas de fomento avançadas pela República terem ficado, na maioria dos casos, por concretizar, foram sendo incorporadas algumas novidades bastante significativas, nomeadamente a aposta na difusão da instrução, defesa da exploração racional das colónias e aumento do crédito agrícola.
5. A falta de apoio popular - Em termos gerais, e contextualizando o país da revolução, a população portuguesa, composta por 5,5 milhões de habitantes, era maioritariamente analfabeta, permanecendo, no essencial, à margem do significado e do impacto do republicanismo vitoriado. Este seria, de resto, um dos argumentos mais evocados para justificar a renúncia ao direito ao sufrágio universal, tão evocada durante a propaganda, e que a lei eleitoral de 1913 - bem mais restritiva do que a legislação eleitoral monárquica - consubstanciaria.
6. A participação de Portugal na guerra - No seu conjunto, a participação de Portugal na I Guerra Mundial ditou o fim da I República. A guerra pôs a nu, exacerbando-as, todas as clivagens que tinham caracterizado o regime desde a sua implantação, em outubro de 1910: acentuou a impopularidade do Partido Democrático e de Afonso Costa e contribuiu para intensificar o conflito entre o movimento operário e a República.
7. O peso dos monopólios e um vazio do Estado - No início da década de 20, no país diferente que saíra da guerra, eram vários os políticos a considerar que a República tinha falsificado o seu programa, não só porque manteve os monopólios existentes à data da proclamação do regime (tabacos, fósforos), como criara novos privilégios e monopólios. O fracasso do poder político perante o peso e a influência alcançados pelos "grupos económicos" - que durante estes anos chegaram a controlar os principais jornais do país ("Diário de Notícias", "O Século" e "O Primeiro de Janeiro") -, era o reflexo do insucesso das políticas económicas republicanas, aliado à ausência de uma estratégia de atuação global que reservasse ao Estado um papel mais interventivo e dinâmico.
Texto completo publicado na revista Única de 2 de outubro de 2010.
Texto completo aqui
domingo, 19 de dezembro de 2010
Reconhecimento da república portuguesa pelos Estados Unidos da América (EUA)
Em 28 de Maio de 1911 realizaram-se as eleições para a Assembleia Constituinte que reuniu pela primeira vez em 19 de Junho, tendo nessa sessão sido abolida a monarquia e adoptado como forma de governo a República Democrática. Nesse mesmo dia o encarregado de negócios americano entregou a Bernardino Machado, ministro dos Negócios Estrangeiros, uma nota pela qual o governo dos Estados Unidos reconhecia formalmente o governo da República Portuguesa. A atitude americana foi seguida pelo México em 29 de Junho e por Salvador em 13 de Julho. (Continuação)
quarta-feira, 15 de dezembro de 2010
Visita de estudo à Exposição "RESISTÊNCIA. Da alternativa republicana à luta contra a ditadura (1891-1974)
No âmbito do seu programa de comemoração do Iº Centenário da República, os alunos do 9º Ano visitaram a exposição em epígrafe, na antiga cadeia da Relação, no Porto.
Núcleos/espaços de visita
I - Sant’Ana - A Caminho da República 1891-1910
II - Pátio - O 5 de Outubro
III - Senhor de Matosinhos - Implantar e defender a I República 1910-18
IV - Santo António - Restauração e Fim da I República 1918-26
V - Santa Teresa - A Ditadura e o Reviralho 1927-31
VI - Átrio das Colunas - Uma Ditadura para durar 1932-34
VII - Sala das Colunas - Resistir 1934-58
VIII - Átrio do Tribunal - O Furacão Delgado 1958-62
IX - Sala do Tribunal - Da Guerra Colonial ao 25 de Abril de 1974
Esta exposição é organizada pela Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República e comissariada por Tereza Siza e Manuel Loff.
domingo, 12 de dezembro de 2010
Visita do Presidente do Brasil a Portugal, em 1910
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
No início da Iª República ... o mundo em 2010
segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Entrega de prémios
terça-feira, 16 de novembro de 2010
Concurso "Tenho fé na República"
Critérios que presidiram à escolha dos trabalhos premiados:
• Rigor histórico;
• Pesquisa desenvolvida e temática abordada;
• Criatividade;
• Materiais utilizados;
• Percepção do objectivo fundamental das comemorações do Iº Centenário da República.
1º Prémio
Carolina da Silva Ferreira - 9º E
David Capela Martins Silva - 9º E
Maria José Silva Marques - 9º F
Rita Isabel da Silva Gonçalves - 9º F
Marisa Rafaela Costa Ribeiro
Raquel Sofia Moreira Ferreira
segunda-feira, 15 de novembro de 2010
Os Presidentes da República
___________________________________
Uma análise corrosiva de Guerra Junqueiro sobre o estado letárgico do povo português
humilde e macambúzio,
fatalista e sonâmbulo,
burro de carga,
besta de nora,
aguentando pauladas,
sacos de vergonhas,
feixes de misérias,
sem uma rebelião,
um mostrar de dentes,
a energia dum coice,
pois que nem já com as orelhas
é capaz de sacudir as moscas;
um povo em catalepsia ambulante,
não se lembrando nem donde vem,
nem onde está,
nem para onde vai;
um povo, enfim,
que eu adoro,
porque sofre e é bom,
e guarda ainda na noite da sua inconsciência como que um lampejo misterioso
da alma nacional,
reflexo de astro em silêncio escuro
de lagoa morta (...) Uma burguesia,
cívica e politicamente corrupta ate à medula, não descriminando já o bem do mal,
sem palavras,
sem vergonha,
sem carácter,
havendo homens
que, honrados (?) na vida íntima,
descambam na vida pública
em pantomineiros e sevandijas,
capazes de toda a veniaga e toda a infâmia,
da mentira à falsificação,
da violência ao roubo,
donde provém que na política portuguesa sucedam, entre a indiferença geral,
escândalos monstruosos,
absolutamente inverosímeis no Limoeiro (...) Um poder legislativo,
esfregão de cozinha do executivo;
este criado de quarto do moderador;
e este, finalmente, tornado absoluto
pela abdicação unânime do país,
e exercido ao acaso da herança,
pelo primeiro que sai dum ventre
- como da roda duma lotaria.
A justiça ao arbítrio da Política,
torcendo-lhe a vara
ao ponto de fazer dela saca-rolhas; Dois partidos (...),
sem ideias,
sem planos,
sem convicções,
incapazes (...)
vivendo ambos do mesmo utilitarismo
céptico e pervertido, análogos nas palavras,
idênticos nos actos,
iguais um ao outro
como duas metades do mesmo zero,
e não se amalgamando e fundindo, apesar disso, pela razão que alguém deu no parlamento,
de não caberem todos duma vez na mesma sala de jantar (...)
Guerra Junqueiro, in "Pátria", escrito em 1896
sábado, 13 de novembro de 2010
sexta-feira, 12 de novembro de 2010
Uma história da República contada pelas crianças
No âmbito da comemoração do Centenário da República, os meninos do pré-escolar apresentaram aos seus colegas mais adultos e à comunidade, uma pequena história encenada sobre a transição da monarquia para a República. Ficou o registo impressionante destes artistas de tenra idade que, de viva voz, interpretaram alguns quadros da monarquia e os ambientes republicanos que lhe sucederam.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
segunda-feira, 1 de novembro de 2010
História da república
Trabalho realizado por Adriana Pereira e Juliana Barbosa (9º F)
sábado, 23 de outubro de 2010
Sarau "Tenho fé na República"
Foi elaborado um guião com excertos do livro de “ Memórias – Tomo I” de Raul Brandão e de “Pátria” de Guerra Junqueiro. Intercalados com estes excertos, selecção de poemas de Mário Sá Carneiro, Gomes Leal, Fernando Pessoa e Almada Negreiros. Depois de efectuado o alinhamento de todo o material literário, procedeu-se a uma encenação dramática dos principais momentos revolucionários da implantação da República. Parafraseando Fernando Pessoa, no seu poema “Mar Português”: - Valeu a pena? Sim, vai valer a pena. As nossas almas não serão pequenas para espelhar os cem anos da República Portuguesa.
O sarau decorreu na noite de 4 de Outubro de 2010
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 22 de setembro de 2010
quinta-feira, 24 de junho de 2010
Concursos sobre a República
Concursos a desenvolver no AET
Concurso Imagens da República - Elaboração e selecção do melhor cartaz sobre a República. Trabalhos individuais ou colectivos .
Figuras Republicanas - Fixar, na sala de aula, uma figura republicana e a sua biografia. Trabalho elaborado pelos alunos.
Concurso – Caricaturas e cartoons da República - Recolha de cartoons e caricaturas sobre o fim da monarquia e os primeiros anos de república.
Regulamento - consultar Departamento de CSH
sexta-feira, 4 de junho de 2010
Sobre os presidentes da C. M. de Guimarães
1º - O Dr. José Joaquim de Oliveira Bastos não foi Presidente da Câmara durante a I República. Foi Presidente da Câmara durante a Monarquia do Norte (que durou aproximadamente 25 dias). Oliveira Bastos foi (juntamente com o Conde de Margaride e, se não me engano, com o Coronel Amado) um dos principais opositores à I República em Guimarães, tendo estado ligado a vários movimentos monárquicos durante esse período.
2º- O facto de se ter exercido o cargo de Presidente da Câmara durante a I República não é sinónimo de se ser republicano... Por exemplo o Dr. João Rocha dos Santos era monárquico e, quando se deu a restauração monárquica no norte do país, saudou o movimento monárquico (como se pode ver no Livro de Actas da C. M. Guimarães).
domingo, 23 de maio de 2010
Construção da bandeira nacional em telas modulares
1. O trabalho vai se levado a cabo pelo grupo disciplinar de Educação Visual e Tecnológica, do 2.º ciclo do Ensino Básico e pelos grupos disciplinares de Educação Visual e de Educação Tecnológica, do 3.º ciclo.
2. Tratamento iconográfico da Bandeira da República:
a) a bandeira nacional vai ser tratada num conjunto de sete telas de 1,20 m X 0,60 m;
b) cada tela representará um símbolo integrante da bandeira acompanhado pelo texto explicativo do respectivo significado;
c) numa tela de maior dimensão (2,10 m X 1,40 m) será apresentada a actual Bandeira da República, conforme a imagem.
4. A comissão organizadora pretende reproduzi-lo em placard modular (outdoor) para apresentação noutros espaços públicos.
5. Por fim, será colocado em local de destaque na Escola Básica do 2.º e 3.º ciclos de Caldas das Taipas.
terça-feira, 11 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Raul Rego - República: regime civilista (2)
Raul Rego, República Regime Civilista, conferência proferida no 83º aniversário da Implantação da República (Guimarães).
quarta-feira, 28 de abril de 2010
República - regime civilista (Raul Rego)
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Viver Abril
sábado, 27 de março de 2010
Primeira comissão republicana de Guimarães
Lista completa dos membros: José Pinto Teixeira Abreu, Presidente; Mariano Felgueiras, Manuel Ferreira Guimarães, Júlio António Cardoso; José Leite Rodrigues da Silva; Manuel Caetano Martins; José Ribeiro de Freitas. (Cortesia, prof. Rui Faria)
sexta-feira, 26 de março de 2010
O ensino em Guimarães no início da República
Os exames eram executados e em seguida avaliados por um júri. Era maior o número de alunos aprovados por suficiente do que por óptimo. O número de aprovados por distinção era bastante reduzido. Muitas crianças chegavam até a faltar. Nesta altura, as crianças eram muitas vezes obrigadas a conjugar a escola com o trabalho.
quinta-feira, 25 de março de 2010
Ecos da República em Guimarães
Foto: Largo da Oliveira (in Casa de Sarmento)
Semana da Leitura
Joaquim Teófilo Fernandes Braga nasceu a 24 de Fevereiro de 1843 em Ponta Delgada. Desde cedo mostrou inclinação para a literatura, pois em 1859, com apenas dezasseis anos publicou, na tipografia onde trabalhava, o livro "Folhas Verdes". Em 1861 vai para Coimbra e ingressa no curso de Direito. Nessa época, em suas colaborações no jornal "O Instituto" e na "Revista de Coimbra", já se mostrava contra aos exageros ultra-românticos. Em 1864 publica as obras "Visão dos Tempos" e "Tempestades Sonoras", consideradas obras revolucionárias, pois tem uma nítida função social. Ao terminar o curso de Direito, Teófilo foi viver na cidade do Porto e depois vai para Lisboa, onde passa a leccionar literatura no Curso Superior de Letras. Republicano Militante, é convidado em 1910 para exercer o cargo de Presidente do Governo Provisório, sendo eleito, algum tempo depois, Presidente da República. Além de poeta e político, Teófilo Braga foi um dos mais brilhantes historiadores da literatura portuguesa. Faleceu 28 de Janeiro de 1924 na cidade de Lisboa. Ler mais
terça-feira, 23 de março de 2010
Eduardo d'Almeida - a crítica social
Com a instauração da República em Portugal é chamado à cidade natal, onde irá assumir as funções de primeiro administrador do Concelho do novo regime. Do seu exercício nesse cargo ficariam na memória, antes de mais, as suas profundas preocupações sociais. Em 1911, foi eleito deputado por Guimarães para a constituinte. Vide, No cinquentenário da morte de Eduardo d'Almeida.
Eduardo d'Almeida - curta biografia
Sugestões: Biografia
Eduardo de Almeida, ilustre republicano de Guimarães
segunda-feira, 22 de março de 2010
No dia da árvore, a ÁRVORE do CENTENÁRIO
Pretendeu-se, ainda, consciencializar para a importância da preservação da floresta autóctone local e regional. A aluna Ana Martinho fechou esta actividade com a declamação de uma poesia de António Ramos Rosa, Cada árvore é um ser para ser em nós. Na semana da República, em Outubro, será descerrada, junto deste exemplar, uma placa comemorativa alusiva ao centenário.
sexta-feira, 19 de março de 2010
Imprensa de influência republicana publicada no concelho de Guimarães
quinta-feira, 18 de março de 2010
O ambiente na estância termal das Taipas durante a Iª República
Os nosso aquistas teem promovido constantes diversões em que reina sempre a mais franca alegria e a melhor camaradagem.
Sucedem-se os “pic-nics”, os bailes, as festas as mais variadas e interesantes. Anteontem tiveram os hospedes do Hotel das Termas um animado “pic-nic” na quinta do Paço, em Briteiros, para onde se dirigiram em automóveis (...). No regresso realizaram no salão nobre do Hotel uma interessante festa intima, oferecendo os cavalheiros ramos de flores com graciosos discursos. Foi uma festa que deixou em todos viva recordação (...).”
Jornal das Taipas, 1921,Julho,31,Domingo. Nº 28, Ano 1º (Fotografia cedida pelo prof. António OLiveira)
A projecção da estância termal das Taipas no estrangeiro
Acompanhava-a o ex.mo sr. Simão Duarte de Oliveira, cavalheiro de primorosas qualidades a quem a agricultura do Norte deve o seu melhor impulso e o nosso amigo sr. Manuel Esteves. “
Jornal das Taipas, 1921, Agosto,7,Domingo, Nº 29, Ano 1º. (imagem cedida pelo prof. António Oliveira)
O Hotel das Termas, nascido aquando da Iª República
Após a publicação da Lei nº1152 que criou em 1922 as Comissões de Iniciativa no nosso país, o turismo nas Taipas sofre um novo impulso. A Comissão de Iniciativa desta povoação, juntamente com o esforço de Francisco de Oliveira, Joaquim da Silva Ferreira Monteiro e o Dr. Francisco de Carvalho Ribeiro vai iniciar um processo de aquisição de terrenos necessários para a abertura da Avenida do Parque (actual Av.Rosas Guimarães e antiga Av. Salazar) e para a construção do Parque de Turismo. Pelo Decreto Lei nº27424, datado de 31 de Dezembro de 1936, em substituição das Comissões de Iniciativa são criadas as Juntas de Turismo.
Pouco tempo depois, é formada a Junta de Turismo das Taipas, que na década de 50 e 60 juntamente com a Junta de Freguesia, irá proceder à construção de piscinas para adultos e crianças, de campos de patinagem, parque infantil (junto à piscina), campos de ténis, parque de campismo e à criação de um posto de turismo. Neste posto de turismo, procedia-se a um atendimento dos vários aquistas e turistas que frequentavam esta vila, fornecendo-lhes valiosas informações, ao mesmo tempo que tal espaço era dinamizado com várias actividades culturais, das quais salientámos as exposições.
Em meados da década de 80, com a extinção da Junta de Turismo das Taipas, em sua substituição é formada a Cooperativa Taipas Turitermas, da qual a Câmara Municipal de Guimarães é a principal accionista. Em 1993, o posto de turismo localizado na Av. da República é encerrado ao público, sendo construída no seu lugar uma agência bancária (C.G.D.) que irá também ocupar o espaço da sede da Junta de Freguesia de Caldelas, sem que noutro local se tenha criado outro posto de turismo alternativo. (Colaboração e post, prof. António Oliveira)
terça-feira, 16 de março de 2010
Os banhos e as Caldas das Taipas
Foi um pharmaceutico (cujo nome e morada se ignoram ), que deu origem aos banhos, por ser o primeiro que descobriu ali um poço d’água sulfúrica quente, mandado fazer-lhe em volta um resguardo de taboas, para os pobres tomarem banho, e d’ahi lhe deram o nome de Caldas das Taypas. Dentro de pouco tempo correu fama a excellencia da água para doenças de pelle. Ao lado norte dos banhos está um penedo com duas faces aprumadas, n’uma das quaes se acha gravada em caracteres que a mão do tempo tornou quasi imperceptíveis uma inscripção, quem diz:
«Aquella obra mandou fazer o imperador Trajano Augusto, filho de César Nerva vencedor dos alemaens; e do Pontifice Maximo. Sendo tribuno do povo, a sétima vez imperador, Consul a quarta e tendo título de pae da pátria.»
Na outra face está também gravada a seguinte inscripção:
«Para alivio da humanidade e remédio de rebeldes doenças herpéticas. Foram renovados e aumentados estes banhos thermaes por ordem do senado da comarca da Villa de Guimarães, sendo seu prezidente o António Cardozo de Menezes e Athayde - António do Couto Ribeiro – secretário; José Leite Duarte, procurador Manuel Luiz de Sousa.»
Em testemunho do seu zelo e actividade, para emulação dos vindouros, elles mesmos mandaram gravar esta inscripção, que desafia e vencerá o tempo e a eternidade em 1818. “
quinta-feira, 11 de março de 2010
O primeiro aniversário da República na cidade de Guimarães
Os factos:
Commemorando o 1º anniversario da republica houve na 5ªfeira manifestações de regosijo, constando de fogo e música, de um bodo de 500 pobres, sessão solenne na Câmara Municipal onde usaram da palavra os snrs. Teixeira d’Abreu, digno presidente da Commissão Municipal e Drs. Alfredo Pimenta e Eduardo de Almeida. À noite organizou-se uma marcha “aux flambeaux” em que tomou parte o regimento d’infantaria 20, respectiva banda, populares e philarmonica “Bôa-União (In Imparcial, nº 282, 7.º ano, semanário, Guimarães, 6 de Outubro de 1911)
(Post: Bárbara Rodrigues; Foto: Abade de Tagilde, preso por manifestar ideias republicanas; Arquivo - Sociedade Martins Sarmento)
terça-feira, 9 de março de 2010
O ideário republicano nas páginas da imprensa - A Velha Guarda
“Ao encetarmos a nossa carreira, as nossas primeiras palavras são de saudações à cidade de Guimarães e ao Director do Partido Republicano Português (…).
A Velha Guarda representa os republicanos antigos da cidade de Guimarães. Representa os que nunca tiveram medo, os que nunca se esconderam, os que soffreram e luctaram quando a República era considerada um mytho em todo o país e muito mais nesta cidade onde o reaccionarismo infelizmente tem imperado sempre. Representa os Republicanos que já o eram antes da data gloriosa de 5 de Outubro (…)”. (In A Velha Guarda, n.º 1, 1.º ano, semanário, Guimarães, 7 de Dezembro de 1910) Foto: Vista geral da cidade, 1912, Arquivo: Sociedade Martins Sarmento
segunda-feira, 8 de março de 2010
As mulheres da república ... no Dia Internacional da Mulher
Imagem APH
Mais informação
Maria Veleda foi uma mulher pioneira na luta pela educação das crianças e os direitos das mulheres e na propaganda dos ideais republicanos, destacando-se como uma das mais importantes dirigentes do primeiro movimento feminista português, tendo dedicado grande parte da sua vida à defesa dos ideais de justiça, liberdade, igualdade e democracia, na busca de uma sociedade melhor. Mais informação.
Carolina Beatriz Ângelo
Médica, lutadora sufragista e fundadora da Associação de Propaganda Feminista, foi a primeira mulher a votar em Portugal, embora vivesse num país em que o sufrágio universal só seria instituído passados mais de sessenta anos, ou seja, depois do 25 de Abril de 1974.
As suas ideias
Dia Internacional da Mulher
Poema Melancólico a não sei que Mulher
Dei-te os dias, as horas e os minutos
Destes anos de vida que passaram;
Nos meus versos ficaram
Imagens que são máscaras anónimas
Do teu rosto proibido;
A fome insatisfeita que senti
Era de ti,
Fome do instinto que não foi ouvido.
Agora retrocedo, leio os versos,
Conto as desilusões no rol do coração,
Recordo o pesadelo dos desejos,
Olho o deserto humano desolado,
E pergunto porquê, por que razão
Nas dunas do teu peito o vento passa
Sem tropeçar na graça
Do mais leve sinal da minha mão...
Miguel Torga, in 'Diário VII'
sábado, 6 de março de 2010
Os diferentes governos da República - Acontecimentos
quinta-feira, 4 de março de 2010
A escolha da bandeira nacional
Uma mudança tão profunda justificava que se escolhesse outra bandeira nacional. Mas que cores se deviam usar? E que símbolos?
O governo não perdeu tempo e logo a 15 de Outubro reuniu um grupo de gente com grande prestígio para que elaborasse um projecto de bandeira. Desse grupo faziam parte: o pintor Columbano Bordalo Pinheiro; o jornalista João Chagas; o escritor Abel Acácio de Almeida Botelho; o capitão de artilharia José Afonso Pala e o primeiro-tenente da Marinha António Ladislau Parreira. Naturalmente inspiraram-se nas bandeiras dos centros republicanos e das sociedades secretas que tinham contribuído para o êxito da revolução. Informação retirada do portal República nas escolas . Ver, também, o site da Presidência da República.
O Daniel deambulou pela web e encontrou algumas das propostas, projectando-as aqui:
(In A Alvorada, n.º 2, 1.º ano, semanário, Guimarães, 3 de Dezembro de 1910)
quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010
A implantação da república na imprensa vimaranense - II
quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010
A implantação da República na imprensa vimaranense
(…) Assistiram as autoridades civis e militares e algum povo. Dahi marchou a commissão para o quartel de infantaria 20, onde foi içada a nova Bandeira.
Neste artigo é referido que a ordem observada é devida ao povo e ao Sr. Dr. Eduardo de Almeida – administrador do concelho de Guimarães – que por todas as formas tem procurado demonstrar que não estamos num regimem anarchico, mas num regimem, que para se consolidar, precisa de manter a ordem social e o respeito por todos os cidadãos.
(In O Regenerador, n.º 99, 2.º ano, semanário, Guimarães, 14 de Outubro de 1910)
terça-feira, 23 de fevereiro de 2010
A implantação da República em Guimarães vista pelo Daniel Salazar
Alguns dias e noites percorreu as ruas da cidade uma marcha “aux flambeaux”, vendo-se á sua frente alguns conhecidos republicanos que entusiasmados soltavam vivas e empunhavam bandeiras republicanas. Em todo o percurso houve boa ordem, debandando tudo sem incidentes. Alguns edifícios particulares hastearam bandeiras e iluminaram as suas fachadas”. (In O Comércio de Guimarães, n.º 2495, 27º ano, bissemanário, Guimarães, 11 de Outubro de 1910)